Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

Cartas de amor...

 

Amor à Distância 

 

Cartas de amor quem as não tem
quem as não escreve
quem não  recebe….
Sentir, esse desejo do dar e receber
Á distancia das palavras
 tenho o aconchego do sonho
a imaginação se eleva, 
aquece o coração
toquei teus lábios, no vazio por estares distante
 quantas vezes  te quis  sentir
não consegui, reprimir
o gemido de prazer
pelas palavras doces que estava a ler
teu rosto apareceu como uma miragem
através a nossa distancia
observei teu sorriso, teu olhar
senti teu beijo teu acarinhar
pelas cartas de amor partilhadas
senti tua falta, teu calor
fui preenchida com tua voz rouca
quando me dizes apaixonado que me amas
sou embalada pela paixão
tua presença imaginaria,
 preenche minhas noites de solidão
a esperança me dá forças de continuar
de por ti esperar
 e com nosso futuro sonhar

 

 

 

                                                                                                     

 

 

                                                                                                  Alzira Macedo

sinto-me: amada
musica: Quando eu te falei em amor
publicado por Alzira Macedo às 17:22

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Sábado, 13 de Setembro de 2008

Sabado á noite e cá estou eu....



 

Ao escrever este titulo me lembrou da musica .....

" Me perdoem mas já não me lembro de quem"


(Sexta feira á noite  lá vou eu ter com quem me ama)

 

o resto já não sei!!!!!


xiiiiiiiiiiiiiii este sábado estou mesmo estoirada.

pois estas musicas são  do meu tempo, nao deveria me esquecer quem  a canta....

Hoje tenho vontade de escrever e dizer, de partilhar.

Pois como muitos de vocês hoje trabalhei de tarde….

Amanha já estou de matina....

enfim minha vida tem sido um corre, corre....

Imaginem só que já não sei quando estou de folga ou de ferias se as tenho ou até qual é o meu turno....

Podem me dizer " é assim que se inicia a Alzheimer"

Concordo pois disse isso enumere de vezes...

hoje estou  num dia daqueles..

Aliás já tem sido assim há algum tempo.

Tento sempre sorrir ter boas palavras….

Sou sempre sincera, mas sinto-me perdida na multidão de coisas e projectos de vida….

Bem vou deixar de dizer o que sinto porque se assim continuar até vos baralho a cabeça….

(pelo menos consigo isso ahahahahah)

O que vim cá fazer?

Dizer que minhas ideias estão estritas e que não gosto de fazer o mesmo comentário nos blogs que tenho….

Mas este é tão importante para mim que vou o repetir….

Desejo a todos vós um excelente fim-de-semana e pensem em mim quando estiveres a divertir-vos….

Porque eu estarei a trabalhar….

 

 

 

 

Não sei e até sei….


Não sei se devo pensar
até sei, que sem pensar não vivo
não sei se devo chorar
até sei que chorar alivia
não sei onde estás
até sei que algures te encontras
não sei tanta coisa
e até sei muita
mas nunca sei ao certo o que procuro
para onde vou, tudo é escuro
o que quero saber
tudo se esconde num belo amanhecer
duvidas, duvidas e mais duvidas
fazem parte do nosso viver
o que não quero
é que duvides deste meu amar
uma forma muito especial
talvez irracional
mas é minha forma de ser
nesta vida incerta que teima em aparecer
manobras contrariadoras, nos fazem vacilar
por isso teimamos em desconfiar
nosso intimo desperta alerta
algo acontece e nosso coração aperta
querer é um poder
que dificilmente conseguimos entender
o desejo é tanto
que perdemos sem o obter
recuamos na teimosia
de não querer estender a mão
maltratando o coração…



                                                                                            Alzira Macedo


 

sinto-me: nao sei e até sei
musica: nao preciso de musica para dizer o que sinto
publicado por Alzira Macedo às 22:35

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Quarta-feira, 10 de Setembro de 2008

Novamente só

 

 

 

 

 

Solidão, ou falta de presença?



Gosto da velhice, talvez porque para lá caminho, ou porque sinto e noto que são esquecidos.

Por isso dediquei uma parte de mim e trabalho num lar de idosos…

Muita coisa acontece durante a minha estadia lá, dias bons outros menos bons!!!
Por vezes acontecem histórias que são dignas de serem contadas…
Como também acontecem casos que nos traz sofrimento e sem o querermos trazemos para casa.
Pois lidamos com seres humanos que já tiveram uma vida sociável muito importante, outros com muita dor e sofrimento.
Só quem passa por estas casas entendem o que quero dizer com isto.

A nossa sociedade se transforma num maquinismo de arrogância, insensibilidade e á procura de títulos.

Deixando para traz tudo quanto tem valor, os nossos antepassados, as nossas raízes por exemplo.

Somos o que somos hoje, mas graças aos mais idosos.
agora a modernice e a vida que levamos (stressante, ter de ser o casal a trabalhar porque senão a vida seria muito difícil)  nos obriga a  colocar os idosos num lar.
(Pessoalmente acho que ainda bem que essas casas existem.)
só não concordo com a forma que alguns filhos o fazem!!!
depositam-los lá e nunca os visitam, nem nos dias de aniversário... O que deve ser triste, ser idoso e rejeitado pelos nossos filhos…
tanto lutaram e laboraram para um bom futuro lhes dar e serem esquecidos dessa forma…

bem aqui fica a reflexão, mas hoje trago uma história que me marcou muito e tudo isto começou …

Neste último domingo... Estava eu de serviço, tudo estava a correr normalmente, estava prestes a saír do serviço quando ao virar de um corredor, para ir ter com minha colega para fazermos os apontamentos finais e passarmos o turno para as colegas da tarde observei pelo canto do olho uma senhora que saía de outro quarto.

E disse “Boa tarde D. Olga”

ouvi “Boa tarde menina… Espere aí”
fiquei parada e esperei, quando a senhora chegou perto de mim me disse” ai é a menina?”
Respondi… Sou sim … Ai só queria ver quem passa por cá?
Ela sorriu e disse, encaixando o seu braço no meu “ acompanhe-me até o meu quarto e eu toco tudo o que quiser”

Eu sorri também e disse, esta bem eu acompanho, mas agora estou curiosa quero saber o que me vai cantar.
(Pensando eu que a senhora tinha trocado o cantar pelo tocar)
Ela muito admirada diz “ cantar não canto mas tocar toco”
já estava-mos a chegar ao quarto e eu sem saber ao certo o que me esperava.
Ao entrar no quarto, deparei com um quarto muito pessoal…
Mobília própria todos os bibelôs de uma vida guardados, bonecas de porcelana todas as poltronas e almofadas arrendadas pelas próprias mãos…
Tudo arrumado no seu devido lugar, até a colcha da cama era feita de croché.
Ela olhou para um lado e para o outro alegando “queria lhe oferecer uma cadeira mas está tudo ocupado com as minhas lembranças….”
Mas sente-se na minha cama…

Sorridente, me sentei e esperei o que me ia acontecer.
A senhora se sentou em frente ao piano, olhou para mim e disse-me…

Quais são as suas musicas preferidas?
Então eu respondi… “ adoro qualquer música”

Suas mãos trémulas carregadas com seus anéis de ouro, a sua única fortuna adquirida de uma vida de luta.
Olhos brilhantes, sorriso no rosto enrugado pela idade e seus brincos compridos em ouro de forma antiga balançavam de lá para cá…
ela iniciou a música “ Coimbra tem mais encanto na hora da despedida”

(Tocou um pouco rápido demais e algumas notas foram erradas, tudo isto pela idade e pela emoção…)

Ao terminar a música aplaudi com sinceridade e emocionada….
Ela sorriu e notei a felicidade dela…
depois continuou com outras músicas do reportório dela, sempre aplaudida por mim.
Estava na hora de sair e disse...
D. Olga sinto muito mas tenho de me ir embora senão meus superiores vão me chamar á atenção…

Ela respondeu prontamente “ hoje é domingo não está cá ninguém” Eu sorri e repliquei meigamente é domingo sim, mas tenho horário a cumprir.

Então disse ela
“ sabe eu já fui alguém importante na vida”

Era a única na minha freguesia que sabia tocar piano na igreja e fui sempre convidada para tocar em qualquer festa e evento da freguesia onde vivia e nas vizinhas...
Era convidada para almoçar com os abades e presidentes da câmara em cada actuação minha o que era para mim e meus familiares uma honra.

"Hoje já ninguém me quer ouvir…"

Senti tristeza ou ouvir estas palavras e disse...
“ D. Olga porque não toca para os utentes aqui do lar? Certeza que iriam adorar ouvir estas músicas tradicionais…"

Ela me responde, por vezes abro a minha janela e toco para quem está lá fora e ouço dizer que bonito. Já tenho saudades destas músicas e dos velhos tempos quando podia pular. (Saltar, danºar)

Então respondi...
“ vou tratar disso e um dia vai tocar para os utentes do nosso lar”

(Agora só para nós!!!
não sei se poderei conseguir isso mas que farei tudo por tudo, isso farei)

Quando mencionei que tinha de partir, a senhora ficou mais tremula e disse... " só mais uma e depois vai…"

Tocou mais uma e mais uma e mais uma, eu cada vez mais preocupada em querendo ir e ao mesmo tempo querendo ficar…

Como já tinha passado muito da hora de eu sair então disse...
“ D. Olga tenho mesmo de ir, mas prometo um dia voltar fora do meu horário e então pode tocar para mim as musicas que quiser…

Ela responde… "Então a ultima para a despedida…"

Fiquei mais do que emocionada quando ela começa a tocar “ Love story”
No final da musica aplaudi e disse adorei foi lindo demais…

Levantei-me, dirigi-me á senhora e lhe beijei o rosto, ela me sorriu e observei as lágrimas que lhe corriam.

vim embora com alegria e ao mesmo tempo com tristeza…

Alegria porque...  Se sempre amei o meu trabalho, nesse dia muito mais por lhe poder dar um momento de felicidade….

Triste, porque senti a solidão em que essa senhora vive…
Sinceramente, sinto-me orgulhosa pela função que exerço, sei que dou momentos de felicidade aquém vive só.
Gostaria poder dar muito mais, mas nossos superiores não notam a crueldade da solidão, devemos apenas fazer o essencial.

Para  o estado da alma, existem as assistências sociais e os psicólogos… (Dizem eles)

Mas é connosco ,as ajudantes de lar e as animadoras socioculturais com que eles se sentem mais próximos.

Aonde fica a família, os amigos?

penso que com este poste já disse tudo….

Se tiverem um pouco de tempo e não sabem como o ocupar!!!

Lembrem-se de que existe sempre alguém que necessita de um sorriso, de um bom dia, de um tempo para os ouvir….


(OS IDOSOS COLOCADOS NO LAR… SEM ESPERANÇA DE SEREM OUVIDOS)

 

 

Quanto de ti se perdeu...

 

musica: love story
sinto-me: orgulhosa e ao mesmo tempo imp
publicado por Alzira Macedo às 23:00

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Sábado, 6 de Setembro de 2008

Noite magica.

 

 

Visita inesperada

 

 

Basta olharmos à nossa volta, e ver com olhos de ver...
Aprendemos qualquer coisa nova todos os dias, cada segundo que passa nos mostra um pouco mais de nós e das pessoas que nos rodeiam...

Num fim de tarde já estava em casa depois do emprego e sem grandes ideias do que iria fazer nessa noite….

recebo uma mensagem me perguntando o que iria fazer nessa noite!!!
sem grande convicção respondi que iria ficar por casa talvez respondendo a alguns e-mails que estavam em atraso porque me tinha dado a preguicite aguda…
E me lembrei de perguntar o porquê dessa pergunta…
logo de seguida recebo resposta dizendo!!!
que gostaria de me convidar para tomar um café…

Não pode evitar de sorrir, pois era impossível a pessoa em questão vive bem longe de mim.
Mas respondi serenamente porque é uma pessoa que prezo muito pela humildade, simpatia, e amizade…
Onde estás amiga?

A resposta não tardou nada… “Estou na tua terra”
fiquei estupefacta, sem reacção me dizendo para comigo é impossível…
tentei responder mas demorava tempo demais optei por ligar…
Quando ela atendeu já sorria e confirmou estar mesmo em minha terra…
fiquei feliz, animada e marcamos logo encontro para tomar-mos café juntas nessa noite…

Acreditem que estava nervosa como se fosse ter um “date” ( encontro amoroso ahahahahha)
chegou a hora e lá fui eu ao encontro da minha amiga que estava a jantar no “Farol” Povoa de Varzim.
Nosso primeiro encontro pois nunca nos tínhamos visto, apenas conversado ao telefone e pelos comentários trocados nos nossos respectivos blogs.
O nosso abraço foi instintivo e verdadeiro, o nosso á vontade era sincero que naquele momento ninguém se deu conta de que nos estávamos a ver pela primeira vez.

Nos dirigimos  para um bar muito simpático á margem do mar, depois de ter feito o conhecimento do marido que a acompanhava que por sinal é muito simpático.
ficamos na conversa entre musica e bebida o tempo não consigo definir pois não existiu a necessidade de olhar para o relógio…
Como era a primeira vez que vinham á Povoa de Varzim, eu quis lhes mostrar um pouco da  nossa beleza e saber receber.

Pegamos no carro e percorremos toda a marginal que nos levou até á Vila do conde ia explicando e mostrando lugares lindos e encantadores… ( Alguns dos meus preferidos)
penso que irão ainda poder ler no blog dela o que pensa do que viu…
fomos até ao mosteiro de santa Clara na Vila do Conde do miradouro conseguimos ver a cidade iluminada. Fantástico este sentimento de grandeza e paz por poder observar tanta beleza e em boa companhia…
A noite já estava bem adiantada e eu tinha de trabalhar ao outro dia, mas não conseguia deixar de querer mais e mais estar com eles.
Então disse, vou fazer uma loucura e ainda os levei ao Monte de S. Felix em Laúndos aonde eu vivo.
as nossas conversas eram mais do que tantas os risos e boa disposição uma constantante e nos dirigimos ao monte….
Para mim foi momento único poder partilhar onde vivo e para onde me dirijo quando preciso reflectir e estar em retiro espiritual como chamo….
foi lindo demais essa noite, meus amigos me acompanharam até casa…
a despedida foi custosa sabíamos que tínhamos de dizer xau mas inventávamos conversas para que tal não acontece-se…
até chegar mesmo o momento de nos separarmos, prometendo voltar a encontrar-mos e ficar em contacto (eu digo agora mais do que nunca)
O que faz eu escrever este poste é precisamente para dizer que a amizade quando é verdadeira é linda como se pode ler…
Foi uma amizade feita na internet e está para durar.

com este meu poste também quero agradecer virtualmente a ti amiga VIRGINIANA por tua vizita inesperada, mas que fica na memoria das noites magicas…
Fui agradavelmente surpreendida com tua visita e brindada com tua amizade.
Adorei-te conhecer amiga….

Espero que tivessem gostado desta historia de amizade…
Desejo de muitas amizades para todos vós e não se esqueçam de as salvaguardar.
porque quem tem um amigo tem um tesouro…

Beijos aos dois pela noite magica e até breve…

 

Vila do Conde 0061 Vila do Conde

 

 

 

sinto-me: Feliz
publicado por Alzira Macedo às 08:55

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