Que dirias se um dia eu partisse
meus sarrabiscos nunca mais lesses
meu sorriso nunca mais vices
minha voz nunca mais ouvisses
minhas mimicas ficariam frígidas
pelo rigor dos músculos que não movem
não sentem
ás vezes no silencio do meu quarto penso na minha partida
vaguei-o na branda lembrança...
dos dias em que sorri
em que para ti percorri sonhos com a certeza da solidão
levava comigo a força do vulcão
gritei toda a raiva que o amor me ditava
toda a calma que a alma aclamava
tudo quanto soube em ti depositei
hoje nada mais sei
Sei apenas que se partisse
algumas lagrimas iriam juntar-se ao rio
o tempo, apenas o tempo do aliviar a consciência
Depois a primavera voltaria noutro sorriso
noutra voz, noutras poesias
e eu...
Ficaria eternamente calada sem sentir
sem cheirar, sem sorrir, até mesmo sem chorar
o tempo passa fico como a lembrança branda
de um dia ter dito, desejado e nunca vivido
Acordei...
acordei de um sonho ou pesadelo
de uma luta ou uma treva
só sei que acordei
Sorrio á vida quero nela permanecer
ser amor vulcânica rebentar o que vai em mim somente em mim
se por ti já tinha morrido
aprisionada ao grisalho de cada manha
á voz que não pode libertar-se
o sorriso coberto pela lagrima
e tanta pagina branca ficaria
essa que só eu posso preencher
que só eu posso escrever
para isso necessito viver
viver a liberdade que me viu um dia nascer...
Sem querer apareceste...
Não te esperava!!
Não esperava reencontrar o que há muito havia perdido...
Trouxeste-me de volta o brilho no olhar...
O sorriso nos lábios...
Mas também o medo de me machucar.
Não te culpo por trazeres de volta um sentimento
Que eu havia prometido apagar de mim.
Mas culpo-te por fazeres desse sentimento o melhor que eu já senti...
De um jeito muito especial
Fizeste-me acreditar de novo que o Amor pode ser verdade...
Nunca amei...
Não sei bem o que essa palavra significa para mim...
Mas o importante agora é que sinto por ti algo que nunca senti.
Não te prometo a perfeição, pois isso eu não tenho...
Mas prometo o meu melhor desempenho!
És alguém mais do que especial para mim!
És alguém diferente...
Assim como eu sou...
És um desafio para mim!!
E sem que eu percebesse
Escreveste o teu nome no meu coração e aqui o deixaste.
És uma das melhores coisas que na minha Vida aconteceu...
Tu não és um brinde... mas sim um presente...
Um presente que Deus me deu!
(Henriques Samuel)
Quando nossa imaginação anda em construção ou mais parada, não podemos passar ao lado de belos textos...
Li, gostei e agora convosco partilhei...
Adeus
Forte dura e marcante esta palavra
Recordações, que fazem sofrer
atropelam-se como cascatas
Os momentos de tristeza,
Que nos fizeram parar no tempo e implorar
o sol para sorrir,
Nos momentos mais obscuros onde o dia parecia noite…
Relembrando a luz das velas ardentes
Que nos aqueceram, noites frias e as madrugadas de amor
que agora,
Ficam esquecidas no tempo
percorro, os caminhos vivenciados
partilhados de solidão
tendo por companheiro o sorriso
Estampado no rosto,
Como um desenho feito
o olhar triste e brilhante como as estrelas
não demonstrando que o brilho eram lagrimas
São tantos momentos, aos quais quero dizer
Adeus…
Nascer num novo dia,
Insistir em viver feliz
Sorrir para ti
para mim
para o mundo
És história com fim
dando inicio á minha liberdade
de pensar e expressar
o que pretendo viver
e o desejo de ser
Adeus
vida anterior
que me fizeste ser o que não era
sentir o que não sentia
Hoje.
Grito…
O meu novo eu
libertando-me timidamente das amarras
dando a mão ao meu novo renascer
Alzira Macedo
28 de Agosto 2011
Novos dias….
Hoje vou escrever sobre a fé, sei que para muitos será um poste talvez monótono…
assim o irão pensar pela introdução…
Como já todo o mundo sabe o Papa bento XVl se encontra em Portugal….
Deixem-me dizer, que espero muito desta visita…
A nível político propriamente…
Para que nossos políticos metam a mão na consciência e que notem o que estão a fazer a Portugal e a seus cidadãos….
Que aprendam a serem humildes e a governarem com o que tem…
Ao mesmo tempo que abdiquem do excesso e darem a quem precisa…
Sei o que estão a pensar, que sou uma sonhadora que tal acto nunca acontecerá…
Mas aqui fica o meu desejo…
Já no encontro com os bispos Portugueses o Papa falou de uma necessidade de nova e evangelização dirigindo-se em concreto a grupos sociais, como políticos, intelectuais e jornalistas,
“onde o silêncio da fé é mais amplo e profundo”.
Quanto tempo fiquei sem escrever, sem dar noticias minhas…
Uns dias, que para mim se tornaram uma vida…
Me parece que estou a sair de um coma…
Quando adormeci estava tudo bem, agora ao acordar
Nada encontro tudo de costas viradas…
Mas que raio se passa na cabeça das pessoas?
Porque são tão lunáticas…
Ainda á poucos dias há sorrisos, abraços, espera…
E de repente não consigo te encontrar, saber de ti, porque partis-te,
Fico perdida nas minhas memorias…
Ainda paro para reflectir se realmente estive assim tanto tempo fora…
Não claro que não… Até porque a net não é minha vida…
Pois bem meus amigos, sabem o quanto adoro escrever, mas também escrever algo que me dei-a prazer…
E não escrever por escrever….
Depois de um longo dia de trabalho e dois filhos esfomeados á minha espera…
Me restam poucas forças para a internet…
Ai como eu sofro… (ahahahaha)
Não fora de brincadeiras…
Deixei de trabalhar a noite sim noite não…
Agora trabalho todos os dias das 8h e por vezes até ás 17h30
È verdade trabalho como gente grande ahahahaha
Mas vamos ao que se segue…
Isto é apenas uma introdução ao que quero escrever a seguir e para que entendam que não me esqueci dos amigos…
Já agora uma beijoca bem fofa, para os que me esperaram e para os que sempre me visitaram…
Hoje sai do emprego um pouco mais cedo… 16h45 ena estou a fazer progressos já consigo sair mais cedo …
O dia estava belo, um pouco frescote, mas brilhante, um sol tímido aquecia essa tarde…
Olhei de um lado para o outro e sorri…
Quantas pessoas na rua, os trabalhadores de obras metiam-se com qualquer pessoa que passa-se… Sorri e pensei não podem ver um rabo de saias…
Na hora do almoço quando tinha saído para tomar café aconteceu-me o mesmo…
Mas nessa altura estava fardada…
Ao sair então já ia vestida normalmente…
Ao passar, fui abordada por um deles, respondi sorridente porque os conhecia…
Trabalham á tempos para o mesmo patrão que eu…
Mas o engraçado é que ele não me reconheceu e tentou um flirt…
Gargalhei e disse, depois dizem que o patrão é mau…
Ainda vos paga para tentar fazer engate…
Olhou estupefacto e disse…
Mas não lhe vais dizer, porque não o conheces…
Parei e disse.. Não?
Olhou para mim, assobiou e disse…
Xiiiiii… Mas que grande diferença da farda para o normal… (Será elogio pensei eu, ou não?)
Demos uma gargalhada e continuei caminho…
Depois senti a vontade de não vir logo para casa…
Não fui pela auto-estrada como sempre faço.
Dirigi em direcção á marginal…
Sentia saudades do meu mar…
Mas que bela paisagem á minha frente…
Vivi cada momento cada segundo…
Vi a felicidade dos namorados que passeavam de mão dada, ou mesmo abraçados…
As crianças com rostos corados que corriam atrás da bola, outros de bicicleta…
Alguns mais idosos passeavam o cão…
Alguns aventureiros sentados nas esplanadas dos cafés…
Não estava frio, mas um pouco de vento, trazia a brisa do mar…
Senti o cheiro entrar nas minhas narinas.
Olhei para o lado, o mar enrolava-se de onda para onda…
Os barcos balançavam de lado para lado…
Como se estivessem a dançar…
Um raio de sol iluminava o mar, dava-lhe uma cor de prata…
As gaivotas sobrevoavam a felicidade existente…
A liberdade delas era encantador…
Adorei ter tomado essa decisão pela beleza que eu estava a admirar…
Percorri a marginal até o passeio alegre da povoa, lentamente, para que nada me escapasse…
senti-me feliz e não era eu que estava no café, ou passeava o cão, ou estava de mãos dadas, nem mesmo abraçada…
senti uma invasão de felicidade por ver gente feliz…
Como sabe bem observar o que nos rodeia…
E momentos de felicidade como este, acreditem vale a penas presenciar…
Alzira Macedo
Mais um acordar sem ti…
Na madrugada fria…
Que nem o calor da lareira conseguia me aquecer …
Para que pudesse entrar no sono profundo e temperador da alma e do corpo…
Acordei … Com a tua ausência, o silencio se instalou…
O desejo de te ter, de te pertencer, de me agarrar a ti e sussurrar-te, o quanto preciso de ti.
Foi se resfriando…
Onde estarás tu, por onde andas que não te vejo, que não te sinto…
Porque se instalou este abismo entre nós…
Qual de nós se deixou cair primeiro nas trevas mais profundas da vida, ou do desencontro das nossas almas.
Lá fiquei eu, fitando o teto do meu quarto, que passou a ser o azul do céu…
Onde a onde… Vi uma estrela cintilante, como me quisesse fazer caminhar…
Num pestanejar de olhos, vi a lua caprichosa olhando para mim, meia escondida tentando perceber o que me ia na alma e o porquê de não ser ela o meu aconchego…
E sim tu…
Senti vontade de caminhar pela calçada das ruas vazias…
Como se cada passo fosse em direcção a ti.
Como se cada estrela, me desenhava o destino da minha felicidade, onde minha alma sentiria paz…
Que acordar mais solitário, carregado de silêncio e saudade….
Encontro-te na minha escrita, neste meu livro que ninguém lerá, que ninguém perceberá…·
Confundo me, com as palavras que nunca direi e nos sentimentos que crescem dia a dia.
Incansável, caminho nas curvas que perdi na vida, procurando saber onde errei.
Onde me esqueci de virar, de te seguir…
Não consigo... Esse caminhar está cada vez mais penoso, sinto-me fraquejar, minhas forças desfalecem, obrigando-me ajoelhar no chão frio e duro, bradando os céus e gritar…
PORQUÊ…
Fecho os olhos querendo fugir dessa curva, entrei noutra…
Encontrei-me em frente ao mar, desaguando todas as minhas magoas e desesperos.
Querendo mesmo nele entrar e nele morar…
Uma realidade me chamou!
Olhei para trás e sorri…
Regressei pensativa, se não caminhar por ti…
Por nós…
Então caminharei por mim…
por eles…
Sacudindo energeticamente todos esses sentimentos, que me baralharam a mente, me levantei…
Suspirei bem fundo, ergui costas, enfrentei o meu rosto, olhei-me no espelho e disse bem alto como se me quisesse dar forças a mim própria…
(Menina limpa essas lágrimas e segue teu caminhar, na vida não podemos mudar os outros…
Mas os outros, também não te podem mudar)
A manha já tinha nascido, o dia tinha despertado, saímos de casa meus filhos e eu…
Qual agradável surpresa…
Nevava…
Linda leve, caia a neve sobre nós…
Olhamos uns para os outros maravilhados pela paisagem que se mostrava á nossa frente…
Recordamos o passado onde muitas vezes a neve, nos chegava até aos joelhos…
Felizes saltitando e cantarolado percorremos o caminho até á Igreja da paroquia…
No regresso a neve caia com mais intensidade…
Os farrapos de neve eram maiores, cantei cai neve, neve cai que és tão linda…
E de verdade a neve caía ainda mais, meus filhos gargalharam e comentaram “mama mandas na neve…”
(Diz para que ela não pare…)
Sorrindo, cantando e correndo viemos até casa…
Onde agora me sentei e escrevi este novo amanhecer em minha vida…
Outras manhas virão, seguidas com outros escritos …
Dou asas ao pensamento, á vivencia, á escrita…
Só assim me sinto feliz e realizada…
Nesta sádica busca de te encontrar…
Alzira Macedo