Terça-feira, 29 de Julho de 2014

Um despejar...

 

 

 

 

Sozinha..


Interrompi o dialogo entre o silencio e o relógio
para gritar á noite toda a minha raiva
A lua assustada, escondeu-se por instantes
sabendo ela tudo, reapareceu sorridente majestosa
sensual com a sua seminudez
enamorou as estrelas,
que rapidamente se acenderam uma a uma
ali fiquei quanto tempo não sei…
lhes falei das velhas arvores cheias de segredos meus
cheias de sonhos e promessas
a noite silenciosa ouvia apenas minhas ressonâncias
as que minha mente transporta para o alem
deixando-me vazia e sem ninguém
sem mesmo tu para confirmar este lindo amar
uma lagrima que se soltou,
percorreu seu rumo silenciosamente
morreu em meus lábios deixando sabor a sal
sabor esse que acordou em mim a recordação
de um corpo teu que já foi meu
as palavras retratam-se, pela ousadia da imaginação
corpos e mentes entrelaçados num só
rejeito o escrever pela significação
da brutalidade com que pode entrar no ouvido
cansada de palavras fúteis
deixo-me navegar pela recordação do vivido e nunca contado
do sentido e nunca explicado
Sozinha eu e a noite
o palco mais a colhedor, mais amigo
de todos os enamorados errantes
em busca do seu próprio ser
Não me encontrei nesta noite
Mas imaginei tudo quanto não posso divulgar
trazendo até ao papel este poetar







Alzira Macedo
29/07/2014

sinto-me:
musica: 4 Taste - Diz-me que sim
publicado por Alzira Macedo às 07:52

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Sábado, 26 de Julho de 2014

Triste amanhecer

 

 

Tristeza não tem fim


Felicidade sim
derramando rios de lagrimas
Na lembrança desse felicidade que o vento levou
tudo me parece que nem a ilusão do carnaval
começou e na altura de desfrutar
terminou
deixando este sabor margo
cada minuto que passa, muitas são as imagens
que faz reviver o que era
e o que jamais será
o som das palavras magicas sem nota falsa
se fazem ouvir de novo
procurando a mínima falha, para poder perceber
porquê…
Cada dia que termina, a busca contínua
no íntimo de cada recordar
o sonho aparece em cada madrugada
querendo dar continuidade á felicidade
amantes que eramos sem fim nem morte
nascemos e vivemos tantas vezes,
Enquanto acreditamos no amor
dizíamos eternos como a natureza
tentas-te controlar meu coração, minhas palavras
meus atos, até mesmo meu pensar
levemente nossa história começou a vacilar
se amar fosse fácil estaria abraçada ati
jamais ao nascer do dia a escrever
a saudade de ti
a duvida foi a ferramenta fundamental deste desfecho
o medo aprisionou todo o bem-querer
a facilidade fez retrair todos os sonhos e promessas
quase virando á falsidade do teu amar
palavras que fizeram acreditar, viver, sonhar
hoje, volatilizaram…
Deixando a falta de compreensão
e a sádica tristeza no coração
Alzira Macedo
26/07/2014

sinto-me:
musica: Não desistas de mim " Pedro Abrunhosa "
publicado por Alzira Macedo às 06:38

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