Domingo, 10 de Janeiro de 2010

Busca sentida.

 

 

 


Mais um acordar sem ti…

 

 

 

 

 

  Na madrugada fria…
Que nem o calor da lareira conseguia me aquecer …
Para que pudesse entrar no sono profundo e temperador da alma e do corpo…

Acordei … Com a tua ausência, o silencio se instalou…
O desejo de te ter, de te pertencer, de me agarrar a ti e sussurrar-te, o quanto preciso de ti.
Foi se resfriando…

Onde estarás tu, por onde andas que não te vejo, que não te sinto…
Porque se instalou este abismo entre nós…
Qual de nós se deixou cair primeiro nas trevas mais profundas da vida, ou do desencontro das nossas almas.

 Lá fiquei eu, fitando o teto do meu quarto,  que passou a ser  o azul do céu…
Onde a onde…  Vi uma estrela cintilante,  como me quisesse fazer caminhar…
Num pestanejar de olhos,  vi a lua caprichosa olhando para mim, meia escondida tentando perceber o que me ia na alma e o porquê de não ser ela o meu aconchego…

E sim tu…

Senti vontade de caminhar pela calçada das ruas vazias…
Como se cada passo fosse em direcção a ti.
Como se cada estrela,  me desenhava o destino da minha felicidade, onde minha alma sentiria paz…

Que acordar mais solitário, carregado de silêncio e saudade….

Encontro-te na minha escrita, neste meu livro que ninguém lerá, que ninguém perceberá…
·
Confundo me, com as palavras que nunca direi e nos sentimentos que crescem dia a dia.
Incansável,  caminho nas curvas que perdi na vida, procurando saber onde errei.
Onde me esqueci de virar, de te seguir…
Não consigo... Esse caminhar está cada vez mais penoso, sinto-me fraquejar, minhas forças desfalecem,  obrigando-me ajoelhar no chão frio e duro, bradando os céus e gritar…

PORQUÊ…

Fecho os olhos querendo fugir dessa curva, entrei noutra…

Encontrei-me em frente ao mar, desaguando todas as minhas magoas e desesperos.
Querendo mesmo nele entrar e nele morar…

Uma realidade me chamou!
Olhei para trás e sorri…
Regressei pensativa, se não caminhar por ti…
Por nós…
Então caminharei por mim…
por eles…

Sacudindo energeticamente todos esses sentimentos,  que me baralharam a mente, me levantei…

Suspirei bem fundo, ergui costas, enfrentei o meu rosto, olhei-me no espelho e disse  bem alto como se me quisesse dar forças a mim própria…

(Menina limpa essas lágrimas e segue teu caminhar, na vida não podemos mudar os outros…
Mas os outros,  também não te podem mudar)

A manha já tinha nascido, o dia tinha despertado, saímos de casa meus filhos e eu…

Qual agradável surpresa…

 

  Nevava…


Linda leve, caia a neve sobre nós…

Olhamos uns para os outros maravilhados pela paisagem que se mostrava á nossa frente…
Recordamos o passado onde muitas vezes a neve, nos chegava até aos joelhos…

Felizes saltitando e cantarolado percorremos o caminho até á Igreja da paroquia…

No regresso a neve caia com mais intensidade…
Os farrapos de neve eram maiores, cantei cai neve, neve cai que és tão linda…
E de verdade a neve caía ainda mais, meus filhos gargalharam e comentaram “mama mandas na neve…”
(Diz para que ela não pare…)

Sorrindo, cantando e correndo viemos até casa…
Onde agora me sentei e escrevi este novo amanhecer em minha vida…

Outras manhas virão, seguidas com outros escritos …
Dou asas ao pensamento, á vivencia, á escrita…
Só assim me sinto feliz e realizada…


    Nesta sádica busca de te encontrar…


 

Alzira Macedo

 

musica: Cai Neve em Nova York José Cid
publicado por Alzira Macedo às 12:06

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comentarios:
De Sonhosolitario a 10 de Janeiro de 2010 às 13:34
Olá amiga Alzira
Bom dia
Que lindo estou como hipnotizado com tua escrita
Linda encantadora e digna de se ler e nos faz sentir bem com nós próprios,
Adorei amiga te desejo tudo de bom para ti e toda família
Doce beijinho
E bom domingo
sonhosolitario

De Alzira Macedo a 10 de Janeiro de 2010 às 16:43
Meu amigo sonhosolitario...


Muito obrigado pela tua visita...
Fico feliz sabendo que gostam do que escrevo...
São as vossas palavras de carinho que me fazem continuar a minha escrita...
Quanto mais escrevo, mais tenho vontade de escrever…
Depois tenho a sorte de ter os melhores amigos e os melhores leitores…
Vocês queridos amigos são o meu incentivo
Prometo continuar a tirar algumas histórias da minha caixinha de surpresas…
beijos e bom fim de domingo…
De TiBéu ( Isa) a 10 de Janeiro de 2010 às 19:58
Gostei muito deste teu conto verdadeiro, embora tivessemos a falar sobre este assunto, gostei da forma como transmitiste. beeijoka
De MIGUXA a 11 de Janeiro de 2010 às 15:25
Amiga,

Noto na tua escrita, muito amor para dar e alguma mágoa...tem fé que a Luz brilhará sobre o teu espírito e encontrarás tudo que mereces para seres feliz, sem vazios...

Beijinhos doces
Um dia cheio de nesse teu coração enorme...
Margarida
De eternoerrante a 11 de Janeiro de 2010 às 21:45
É bem verdade, que o amor faz parte da vida de cada um. São concepções e amor em cada um dos intervenientes vê o amor á sua maneira e não há duas formas de amor iguais nem duas pessoas que amem da mesma maneira. Tudo é feito á medida do que se deseja e do amor que se pode dar...
Acredita Zira,muita gente julga muitas vezes que o azar lhe bate á porta. Lamentam-se mas muitos deles apenas pensam, que fazem bem aos outros e que nada recebem em troca. Quando se faz bem não se espera recompensas. Não espera sentado que uma Divindade superior venho trazer a recompensa. Limitamos a fazer sem exigir nada em troca. "O amor também é assim". E olhar e estar presente sempre e dar o melhor de nós. Mesmo que o outro esteja longe. Terá de haver uma cumplicidade sem exigências de nada e aceitar que cada pessoa é uma pessoa. Apenas o espelho reflecte a nossa imagem. Nâo se pode moldar ninguém igual de modo a satisfazer os nossos sonhos. Há sim que termos compreensão mutua. E aí com compreensão muito do negativismo desaparece...
Acredito que encontres a tua paz.
Com carinho e um beijinho...Rui

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