O segredo da noite
Sussurro á lua
com minha alma seminua
despejada de todas as preocupações
Só tu
só eu
só nós existe
Abro os olhos e neste instante não sou nada
somente corpo adormecido
alma viajante
almejando a semente do teu amor
das noites magicas sem pudor
Tuas mãos fortes fazem-me estremecer
quando por meu corpo passam
Não deixando rasto de segredo
desse nosso querer
Sussurro á lua
o nosso amar
Desvendei, ao mais intimo
sem pudor
a nossa entrega
e o ficarmos um,
enquanto a noite chegava ao seu fim
o amanhecer fazia-se sem música,
sem versos
apenas o ritmo do nosso coração
acelerado pela êxtase da entrega total
como se não ouve-se amanha
Sussurrei á Lua
o brilho do nosso olhar
entrelaçado imaginando os nossos corpos
unidos pela força do nosso querer
o beijo que fez por breves instantes
O sol nascer em mim
ao acordar
sorri por breves segundos
Por alguns instantes dispo-me do sofrimento.
Sussurrei á lua
Longe de ti
com a tua recordação
Eu fui feliz.
Alzira Macedo
Quantos sonhos sofridos,
quantas vidas entristecidas
tenho como testemunha a esperança
de ver um dia nascer a alegria de viver
quantas belezas sonhamos sem as realizar desperdiçadas…
porque é difícil encontrar,
é vergonhoso as viver
somente nos sonhos,
porque ninguém as vê
desperdiçar os melhores momentos da vida
é ganhar a esperança sofrida
quantas noites de tristeza
onde se procura a felicidade
quantas palavras de amor que se quer ouvir e não existe quem as diga,
porque não sabe porque não quer
quantas palavras desmerecidas,
quantos desejos escondidos reflectem no nosso testemunhar
por não saber amar,
conseguimos censurar como somos tristes nos sonhos perdidos
consolamos uma alma sofrida
sem saber amar nossa própria vida
não posso ficar calada ao mundo sem perdão
Ao mundo com traição
nas palavras que vos digo, sei que tenho razão
não posso deixar de alertar vosso coração
libertem-se de preconceitos
viver o dia de hoje com sabedoria porque amanha …
já tarde seria.
Alzira Macedo
Publicado em recanto das letras em 05/09/2008
O atravessar
Ao longo do tempo que me ausentei de vós,
a saudade tomou posses....
Hoje aqui estou para novamente tentar voltar,
tentar encontrar aquela veia que tanto senti e que de mim foi fugindo...
Essa de escrever,
essa de partilhar,
essa de sorrir...
Por isso e muito mais tomei a decisão de voltar....
De poder contigo voltar a estar,
de sorrir novamente
de partilhar loucuras e desabafos com toda a gente
Onde estarão voçes?
em novos mares navegando?
ou á espera dos que partiram sem nada dizer
como eu!!!
e que saudades deste mundo sentiu...
Vem...
Dá-me a mão de novo
mostra-me o caminho do bem estar
faz-me atravessar a ponte
Para que minha saida das trevas, consiga desfrutar
e sentir como é bom
de novo cá estar....
Alzira Macedo
Só com amarras de amor, prende-se um lobo do mar...
(by jan)
Içaste as velas, navegaste no meu corpo
E como se fosses hábil marinheira
Nos levaste para o leito de um rio de carícias.
Afim de garantir que não perderias o rumo,
Usaste teus braços, como leme, direcionando-nos
Até aportarmos na cama, onde nos desnudamos famintos,
Entregando-nos ao prazer, naquela noite plácida, calma,
Lentamente, num gozo infinito, tantas vezes repetido.
Sem usares springs, cabrestantes, ou retinidas,
Cuidadosamente, amarraste nosso barco, com teu carinho
Em nosso caís de amor pleno, intenso, desmedido...
Para não retornarmos à realidade, nos beijamos muito,
Despertamos nosso desejo tanto tempo adormecido,
Afastados que estávamos sem razão e sem motivo.
Foi assim que fizemos, daquela noite, a única testemunha
Do nosso amor que, diferente do desejo, jamais adormeceu,
Agora sabemos, ao vê-lo atuar, o quanto é capaz ainda de nos envolver
E, após intensa e demorada tempestade, de nos levar a um caís tranqüilo
De infinito prazer que só sentem aqueles que se amam verdadeiramente,
Como nós, seres intensamente apaixonados, habitantes dos sonhos de deuses,
Eros no Olimpo, ao navegar de volta, para os braços de sua Afrodite,
Nas, agora, tranqüilas águas de um amor definitivo, quiça para sempre...
Homenagem ao poeta e amigo
By Jan
Alzira Macedo
As amarras de uma paixao
Naveguei em teu corpo
como o barco navega no mar
teus braços senti como remos
dirigindo-me para o leito do amor
onde me desnudei
e a ti me entreguei
na noite calma ali...
tu e eu
sem pressa,
sem vontade de regressar à realidade
beijos soaves foram trocados
chamando o desejo
as estrelas testemunharam nossas juras
a lua minhas lagrimas de felicidade
foste minha fonte de inspiraçào
meu amor tornou-se poesia
encantando-me à luz do dia
o vento virou
e de mim te levou
deixando-me um vazio
afoguei na fonte das incertezas
lavando lagrimas de tristeza
apenas restou a recordaçào
de uma paixao
que aprisionou, unicamente meu coraçào
Alzira Macedo
Janela da vida