Quinta-feira, 6 de Março de 2014

Mulher vulcão

 




 

Que dirias se um dia eu partisse
meus sarrabiscos nunca mais lesses
meu sorriso nunca mais vices
minha voz nunca mais ouvisses
minhas mimicas ficariam frígidas
pelo rigor dos músculos que não movem
não sentem
ás vezes no silencio do meu quarto penso na minha partida
vaguei-o na branda lembrança...
dos dias em que sorri
em que para ti percorri sonhos com a certeza da solidão
levava comigo a força do vulcão
gritei toda a raiva que o amor me ditava
toda a calma que a alma aclamava
tudo quanto soube em ti depositei
hoje nada mais sei
Sei apenas que se partisse
algumas lagrimas iriam juntar-se ao rio
o tempo, apenas o tempo do aliviar a consciência
Depois a primavera voltaria noutro sorriso
noutra voz, noutras poesias
e eu...
Ficaria eternamente calada sem sentir
sem cheirar, sem sorrir, até mesmo sem chorar
o tempo passa fico como a lembrança branda
de um dia ter dito, desejado e nunca vivido
Acordei...
acordei de um sonho ou pesadelo
de uma luta ou uma treva
só sei que acordei
Sorrio á vida quero nela permanecer
ser amor vulcânica rebentar o que vai em mim somente em mim
se por ti já tinha morrido
aprisionada ao grisalho de cada manha
á voz que não pode libertar-se
o sorriso coberto pela lagrima
e tanta pagina branca ficaria
essa que só eu posso preencher
que só eu posso escrever
para isso necessito viver
viver a liberdade que me viu um dia nascer...

 





                                                                                                                                                     Alzira Macedo



publicado por Alzira Macedo às 00:24

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Quinta-feira, 22 de Julho de 2010

Com vontade...

 

 

Renascer

Irá renascer poesia em mim
quando me distanciar
do que tenho
do que perco
e do que irei adquirir
poesia irá renascer outro dia
desde que viva amor
desde que as estrelas brilhem
mesmo noutro país
o brilho será meu
Pela conquista
pelo renascer
da minha alma
do meu voltar a viver
deixando tristezas
assim como alegrias
Mas não o suficiente para ficar
irei reflectir um novo luar
se deitando no mar
esse que tanto amo
que tanto confio minha dor
onde há lamento e clamor
onde há lágrimas e sorrisos
onde tudo segredei
da mais pura verdade, que aqui nunca contarei…
 
 
 
Alzira Macedo
 
 
 
 
musica: De nina e mujer
sinto-me: renascer
publicado por Alzira Macedo às 22:37

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Terça-feira, 26 de Janeiro de 2010

Meu viver o luto

 

 

Meus amigos…

Voltei docemente…
Ainda com pouca coragem, mas voltei…
Aos que sabem o que aconteceu, agradeço cada palavra, cada momento comigo partilhado…
Cada silencio e cada sorriso…
Foi muito gratificante sentir a vossa presença neste momento de luto que passei…· (Meu sogro faleceu, dia 20 deste mês…)
Daí eu não ter estado na net, nem em comentários, nem em postes, nem nas nossas conversas…
Fiz um retiro, para acalmar minha dor, meu choque, minha revolta e todos os sentimentos que por mim passaram….
Não sei quando irei começar a escrever, sei apenas que vou precisar escrever…
Para ser sincera, nem sei muito bem como… Mas algo irei encontrar…
Estou ainda muito evasiva do que sinto e do que pretendo…
Sempre,  falei abertamente sobre a morte…
Porque ela é a nossa realidade.
 Aliás no meu emprego, vivo com ela quotidianamente…
Mas perder alguém próximo é bem mais complicado…
Implica sentimentos que até então por nós estão adormecidos…
Quando caímos na realidade de ver homens feitos, mulheres maduras
e netos de 22 a 8 anos abraçados numa só dor, as lágrimas corriam sem se darem conta…
È de partir o coração…
Nunca pensei que a dor pudesse doer tanto…
Voltarei aos meus blogues isso eu prometo, mas preciso ganhar animo e coragem para conseguir ser o que era…
Obrigados a todos pelo vosso carinho, pela vossa amizade…
Rui meu amigo a ti especialmente agradeço o poste que em meu nome escreveste…
Amei de verdade… Não sei como agradecer essa delicadeza…

Hoje ainda com poucas força, vos digo amigos. 



 


 “Não te entregues”

A quem não te merece
não te respeita
não te ouve e depressa te esquece
Não te aconchegues na tristeza
sorri á vida
ao sol, á lua, ás estrelas
ao mar
Ao vento
á força da natureza que te acalenta
esquece o passado
vive o presente
feliz,  contente
porque vives
porque falas
porque andas
porque choras
porque desesperas
porque amas agora
o momento é importante
o futuro é incerto
desamarra-te da dor
do sentimento do desamor
vive agora com fervor
Não te prendas ás ilusões
ao que poderia ser
amarra-te ao que tens agora
sem deitar um único minuto fora
Não te prendas á vida
apenas vive
Tudo é passageiro no mundo
 os panoramas se modificam,
em minutos, até mesmo segundos. 
Não permitas que a luz dos teus olhos
se apaguem sem desfrutares da vida
que tuas lágrimas sejam de amargura
Permite-te toda a ousadia
de seres tu como és
de brilhar em todo esplendor…
 és a semente da vida
semeia, cresce, colhe
em abundância

 

 

 

 

Alzira Macedo

 

 

 

publicado por Alzira Macedo às 22:01

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Quarta-feira, 9 de Dezembro de 2009

Quem se perdeu...

 

 


Porque partiste…


deixando um vazio, em mim
um atropelamento de sentimentos sem fim
um vai e vem no meu peito
que arde e dói
pela lembrança
ou será pela esperança
não consigo esquecer teu rosto
teu corpo
sacudo a cabeça para parar
para novo rumo encontrar
Mas…
Continuas presente
 olhando para mim sorridente
na ausência de te ver
consigo contigo sonhar
 te recordar
quanto tempo ainda
antes que a neblina comece a ficar mais espessa
que deixe de te ver de te recordar
não quero esse pensamento
sou prisioneira no teu querer
no teu entender
jogas o jogo da sedução
levando a meta da ilusão
não sei se vens, se vais
Se permaneces ou se sais..
Deixas a fragrância do teu perfume
do teu olhar, desse teu beijar
e o desejo em mim despertar
fostes
Deixando-me a recordação
essa que dói e corrói meu coração
não são palavras fúteis e vazias
nem mesmo frias…
È um grito de saudosismo
do que foi e do que é

 

 

 

                                                                                   Alzira Macedo

 

 

sinto-me: Não digo...
musica: a que mais me faz lembrar de ti...
publicado por Alzira Macedo às 12:06

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Domingo, 8 de Junho de 2008

Amantes

 

AMANTES002.jpg

 

 

 

"Caliente" este tema....

Hoje li esta frase!!!

 

Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.

 

Não sei quem a escreveu e porquê... Curiosa como sou, fui pesquisar a palavra amante...

Definição : Que ama, que vive em concubinato

"Pessoa que ama, namora, apaixonado, que tem relações ilícitas

Me pareceu tudo normal, fora estas duas palavras sublinhadas....
Mais uma vez fui perceber o significado delas...

Concubinato:
diz-se da situação em que duas pessoas vivem maritalmente sem serem casadas.

Ilícitas:
não lícito; contrário à moral ou às leis; ilegal...

OHHHHHHH Palavra tão linda, para não ser legal....

Depois de tanto ler,
me apeteceu escrever e aqui vai o meu poema para os "amantes"

 

 

 

Amantes

Quantas horas de amor te dei,
na ilusão de um amanha
realizada sonhava estar
quando contigo me ia encontrar
de sorriso, a dor
se transformou este amor
de te querer e não ter
de te beijar
e não apenas te imaginar
no silencio da alma
lágrimas se soltam
do amor reprimido
te sentir com ela é um castigo
revolta nasce em meu ser
e tu dizes não compreender
vozes se alteram em cada encontro
distancia se instala
o que resta em mim
o que resta em ti
se no teu mundo nunca pertenci
dizes não querer me perder
eu sinto que nunca te irei ter
vivo de ilusão em ilusão
sentindo desfalecer o coração
solidão que vem ao meu encontro
lembra-me do que não devo
amor proibido
nunca faz sentido
ficas aquém
sem nada nem ninguém
desespero aperta
sexto sentido em alerta,
ciúme, que chega
tirando toda a razão
o sorriso desaparece, seguido pela discussão
desencontros fatais
pela dor e revolta
entristeces meu ser
por nunca poder te pertencer

 

 

                                                                      Alzira Macedo

 

 

 

 

publicado por Alzira Macedo às 20:47

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Quarta-feira, 7 de Maio de 2008

Será que é crime sucumbir á tristeza

 

Gosto imenso de escrever o que me vai na alma e por isso, e muito facilmente me conhecem
Nao consigo ser hipocrita, reconhecem logo meu estado de espirito...
Nao vou tentar disfarçar, hoje nao me sinto bem, estou psycologicamente muito afectada
com meu estado de espirito....
O que me aconteceu? algo que já nao me acontecia á muito temo....
Escrever o que me vai na alma....
Hoje escrevi um poema que felizmente consegui... ( Houve alturas que duvidei do meu escrever, por nao escrever nada)
Ultimamente isso tem acontecido e nem sempre com poemas muito alegres, Mas ser poeta é ser isso mesmo "Genuino e verdadeiro"
Tambem dizem que poeta é enganador, mas isso é para quem nao sente dor"
Como sou ser humano e sinto a dor, este meu poema fala por mim....

 

Escritos

 

Meus escritos, minha paixão,
em ti deposito tudo quanto trago no coração
Hoje sucumbo á nostalgia
momentos tristes e alma vazia
é assim que me sinto todo dia
Necessito desabafar
sei que não vão gostar
Mas quem sou eu, para simplesmente sorrir
se a vida teima em não florir
È passageiro me vão dizer
eu, conserteza irei opinar
quando esta dor passar
agora e no momento não consigo concordar
trago o peso da dor que quer desabrochar
deixem minha dor se soltar
sem sequer tentar me confortar
nada, nem ninguém consegue entender
o que não sabemos esclarecer
fantasia ou real?
Sei apenas que me sinto mal
gostam do meu sorriso da minha forma de ser
Mas não tentam sequer me compreender
Também me esforço em vos dizer
que amanha é um novo amanhecer
vou esperar por ele, para melhor me entender
Haverá salvação!!!
Para este meu pobre coração
que sofre, e sempre a dizer que não
Felizmente sou humana
sinto na pele toda a dor quotidiana
Estas são palavras de uma mulher que tudo sente e tudo ama

Alzira macedo

sinto-me:
musica: Solidao- Leandro Leonardo
publicado por Alzira Macedo às 22:20

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