Meus amigos…
Voltei docemente…
Ainda com pouca coragem, mas voltei…
Aos que sabem o que aconteceu, agradeço cada palavra, cada momento comigo partilhado…
Cada silencio e cada sorriso…
Foi muito gratificante sentir a vossa presença neste momento de luto que passei…· (Meu sogro faleceu, dia 20 deste mês…)
Daí eu não ter estado na net, nem em comentários, nem em postes, nem nas nossas conversas…
Fiz um retiro, para acalmar minha dor, meu choque, minha revolta e todos os sentimentos que por mim passaram….
Não sei quando irei começar a escrever, sei apenas que vou precisar escrever…
Para ser sincera, nem sei muito bem como… Mas algo irei encontrar…
Estou ainda muito evasiva do que sinto e do que pretendo…
Sempre, falei abertamente sobre a morte…
Porque ela é a nossa realidade.
Aliás no meu emprego, vivo com ela quotidianamente…
Mas perder alguém próximo é bem mais complicado…
Implica sentimentos que até então por nós estão adormecidos…
Quando caímos na realidade de ver homens feitos, mulheres maduras
e netos de 22 a 8 anos abraçados numa só dor, as lágrimas corriam sem se darem conta…
È de partir o coração…
Nunca pensei que a dor pudesse doer tanto…
Voltarei aos meus blogues isso eu prometo, mas preciso ganhar animo e coragem para conseguir ser o que era…
Obrigados a todos pelo vosso carinho, pela vossa amizade…
Rui meu amigo a ti especialmente agradeço o poste que em meu nome escreveste…
Amei de verdade… Não sei como agradecer essa delicadeza…
Hoje ainda com poucas força, vos digo amigos.
“Não te entregues”
A quem não te merece
não te respeita
não te ouve e depressa te esquece
Não te aconchegues na tristeza
sorri á vida
ao sol, á lua, ás estrelas
ao mar
Ao vento
á força da natureza que te acalenta
esquece o passado
vive o presente
feliz, contente
porque vives
porque falas
porque andas
porque choras
porque desesperas
porque amas agora
o momento é importante
o futuro é incerto
desamarra-te da dor
do sentimento do desamor
vive agora com fervor
Não te prendas ás ilusões
ao que poderia ser
amarra-te ao que tens agora
sem deitar um único minuto fora
Não te prendas á vida
apenas vive
Tudo é passageiro no mundo
os panoramas se modificam,
em minutos, até mesmo segundos.
Não permitas que a luz dos teus olhos
se apaguem sem desfrutares da vida
que tuas lágrimas sejam de amargura
Permite-te toda a ousadia
de seres tu como és
de brilhar em todo esplendor…
és a semente da vida
semeia, cresce, colhe
em abundância
Alzira Macedo
Gosto imenso de escrever o que me vai na alma e por isso, e muito facilmente me conhecem
Nao consigo ser hipocrita, reconhecem logo meu estado de espirito...
Nao vou tentar disfarçar, hoje nao me sinto bem, estou psycologicamente muito afectada
com meu estado de espirito....
O que me aconteceu? algo que já nao me acontecia á muito temo....
Escrever o que me vai na alma....
Hoje escrevi um poema que felizmente consegui... ( Houve alturas que duvidei do meu escrever, por nao escrever nada)
Ultimamente isso tem acontecido e nem sempre com poemas muito alegres, Mas ser poeta é ser isso mesmo "Genuino e verdadeiro"
Tambem dizem que poeta é enganador, mas isso é para quem nao sente dor"
Como sou ser humano e sinto a dor, este meu poema fala por mim....
Escritos
Meus escritos, minha paixão,
em ti deposito tudo quanto trago no coração
Hoje sucumbo á nostalgia
momentos tristes e alma vazia
é assim que me sinto todo dia
Necessito desabafar
sei que não vão gostar
Mas quem sou eu, para simplesmente sorrir
se a vida teima em não florir
È passageiro me vão dizer
eu, conserteza irei opinar
quando esta dor passar
agora e no momento não consigo concordar
trago o peso da dor que quer desabrochar
deixem minha dor se soltar
sem sequer tentar me confortar
nada, nem ninguém consegue entender
o que não sabemos esclarecer
fantasia ou real?
Sei apenas que me sinto mal
gostam do meu sorriso da minha forma de ser
Mas não tentam sequer me compreender
Também me esforço em vos dizer
que amanha é um novo amanhecer
vou esperar por ele, para melhor me entender
Haverá salvação!!!
Para este meu pobre coração
que sofre, e sempre a dizer que não
Felizmente sou humana
sinto na pele toda a dor quotidiana
Estas são palavras de uma mulher que tudo sente e tudo ama
Alzira macedo