Sozinha..
Interrompi o dialogo entre o silencio e o relógio
para gritar á noite toda a minha raiva
A lua assustada, escondeu-se por instantes
sabendo ela tudo, reapareceu sorridente majestosa
sensual com a sua seminudez
enamorou as estrelas,
que rapidamente se acenderam uma a uma
ali fiquei quanto tempo não sei…
lhes falei das velhas arvores cheias de segredos meus
cheias de sonhos e promessas
a noite silenciosa ouvia apenas minhas ressonâncias
as que minha mente transporta para o alem
deixando-me vazia e sem ninguém
sem mesmo tu para confirmar este lindo amar
uma lagrima que se soltou,
percorreu seu rumo silenciosamente
morreu em meus lábios deixando sabor a sal
sabor esse que acordou em mim a recordação
de um corpo teu que já foi meu
as palavras retratam-se, pela ousadia da imaginação
corpos e mentes entrelaçados num só
rejeito o escrever pela significação
da brutalidade com que pode entrar no ouvido
cansada de palavras fúteis
deixo-me navegar pela recordação do vivido e nunca contado
do sentido e nunca explicado
Sozinha eu e a noite
o palco mais a colhedor, mais amigo
de todos os enamorados errantes
em busca do seu próprio ser
Não me encontrei nesta noite
Mas imaginei tudo quanto não posso divulgar
trazendo até ao papel este poetar
Alzira Macedo
29/07/2014
Quantos sofrimentos pode aguentar uma mãe…
Quantas noites perdidas, só porque nos preocupa-mos com nossos filhos…
Quantos sorrisos, pelas alegrias que eles nos dão
Quantas lágrimas contidas… Porque a saudade nos sufoca…
E quantas lágrimas que correm, porque a dor é grande…
Eu não fujo á regra…
Sou mãe de 3 maravilhosos filhos…
Um já partiu, emigrou…
Vive a vida dele, mas continua pequenino no meu coração
será sempre o meu “KIKO”
Há dias ao comunicar por webcam com ele, chorei… Por alegria, por saudade, por tudo
Até porque sou chorona…
Enquanto falava com ele, e podia-o observar o quanto ele está modificado…
Traços mais firmes, mais maduro, mais responsável, e cheio de força para vencer na vida…
Tanto pedi para ele continuar a estudar…
Não quis, foi sempre um cabeça dura esse meu filho. (Será que sai á mãe)
Não tenho tempo para pensar nisso, agora (riso)
Continuando meu filho com carinho me falava dele do que queria do que pretendia…
Meus olhos se encheram de água e mal via á minha frente…
Meu coração explodiu e uma poesia para ele não contíu…
Este poste é dedicado a ti meu filho, que tanto me mimas e orgulhas…
Meu Filho
Podes ter quem goste de ti,
podes ter muitos amigos!
Mas ninguém te ama como eu…
Tenho esperado o momento
de te ver florir,
Nunca pensei que fosse tão rápido..
Do amor nasceste e cresceste…
No mimo te criamos…
desenvolvestes-te,
de um ar sofredor pela luta
que não alcanças-te
investiste teu corpo e coração ao desporto…
nada valeu
Porquê?
porque não era teu…
simplesmente tentas-te
hoje…
Noutro caminho entras-te
Na dura profissão de martelo e picareta.
Pensei, que não ias aguentar
o frio, a dureza e o vigor que a profissão exige
hoje…
Tiro-te o chapéu
pelo homem que te, tornas-te…
Gostas do que fazes
desenvolveste tuas capacidades
que ninguém alguma vez imaginou.
Mas eu, tua mãe…
Que em meu ventre, te gerou,
sabia…
Que ias conseguir vencer,
o que ninguém quis entender
Pouco tempo vai que partiste
Mas sinto um vazio em mim,
uma saudade sem fim…
Foste e não queres voltar
sei que estás feliz e isso me faz caminhar
Mas nunca,
me peçam, para deixar de em ti pensar
é impossível, perder de vista
quem me ensinou o que é o verdadeiro amar.
Sim…
És tu meu filho…
O meu mais belo versejar…
Para ti Patrick com saudade...
mama
Alzira Macedo